8 de janeiro de 2011

Chegando em Santiago

Cheguei ontem a Santiago, após algum atraso no vôo Rio-São Paulo da TAM, já que aparentemente não há vôos diretos do Rio de Janeiro para Santiago. O transporte aéreo no Brasil é lamentável, mas isso é assunto para outro post. Me impressionou positivamente ao chegar no Aeroporto Arturo Merino Benitez a rapidez da fila da imigração, o contrário do que geralmente ocorre no Brasil. Em Brasília, que tem apenas dois ou três vôos internacionais diretos, me lembro de ter chegado no ano passado em um vôo da TAP vindo de Lisboa e ficado quase uma hora para passar pela Polícia Federal.

Outro fato positivo foi a passagem pelo controle sanitário. Declarei estar trazendo uma lata de patê, o que deve ser notificado, segundo o formulário entregue pelas companhias aéreas. Achei que fosse enfrentar algum inferno burocrático, mas não - apenas passaram minhas malas pelo raio-x e fui liberado.

A noite de verão estava agradável, e após deixar as malas no apart-hotel em Providencia, fui com meu amigo Don M ao Baco, bistrô onde tomamos quatro taças de diferentes vinhos, todos excelentes, e comemos quiche lorraine e camembert ao forno. Falarei do Baco em outro post. Voltei para o hotel lá pela uma da manhã e fui dormir.

Acordei tarde e fui dar uma volta pelas redondezas. Foi quando já comecei a ter problemas. Fui comprar um chip para o meu celular, que custava 1.000 pesos chilenos (3 reais), sem créditos, que só podiam ser pagos em dinheiro (en efectivo). Lembrei que tinha na carteira umas notas da última vez que viera ao Chile (2006), e fui pagar com duas notas de CLP 500. A atendente me informou que aquelasas notas não estavam mais em circulação. O Chile, apesar da economia relativamente estável, usa há muitos anos essa moeda cheia de zeros, e provavelmente chegaram à conclusão de que não valia a pena manter as notas de 500. Mas eu tinha também uma única nota de CLP 2.000 (além das de 500), então paguei e recebi o troco, não sem antes ser informado de que poderia fazer a primeira carga do chip, de qualquer valor, em qualquer farmácia - pois a loja da Claro não estava fazendo recargas naquele momento.

Na primeira farmácia já soube que as recargas da Claro têm de ser no mínimo de CLP 2.000. Como eu só tinha a metade disso, tentei sacar dinheiro com cartão de débito brasileiro em diversos caixas eletrônicos, mas todos cobravam CLP 2.500 (5 dólares ou 8 reais) por saque, o que achei um absurdo, e desisti. Agora tenho um chip da Claro chileno sem créditos. Que beleza. Felizmente o apart-hotel tem wifi de graça, e posso usar o Skype quando estou lá.

Resolvi fazer umas compras de mercado, pois o apart-hotel tem uma cozinha, razoavelmente equipada. O supermercado Santa Isabel é do mesmo nível (em organização, limpeza e variedade de produtos) que a média dos brasileiros - ou seja, fraco. Comprei algumas coisas, entre as quais um frango estilo "de padaria", que não era de todo ruim, e um queijo de cabra bem gostosinho. Falarei dos preços mais adiante, porque agora vou comer.

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