A Itália iniciou ontem uma campanha para defender a reputação de um de seus pratos mais famosos: a massa com molho à bolonhesa, informa o Times. A Coldiretti, associação italiana de fazendeiros, sustenta que embora as pessoas em todo o mundo acreditem estar comendo "spaghetti à bolonhesa", na verdade estão se alimentando de uma "mistura improvável" de molho de tomate vindo de um vidro com uma "variedade notável" de ingredientes que vão desde almôndegas ou peru até mortadela.
A receita correta para o molho à bolonhesa, segundo a Câmara de Comércio de Bologna (1982), é a seguinte:
Molho à Bolonhesa (para 4 pessoas)
Ingredientes
- 300 g de carne moída de boa qualidade
- 150 g de bacon
- 50 g de cenouras
- 50 g de aipo
- 30 g de cebola
- 5 colheres de mesa de molho de tomate ou 20g de extrato de tomate
- meio copo de vinho branco seco
- uma xícara de leite
- um pouco de caldo
Instruções
- Picar o bacon e fritar levemente com as cenouras, aipo e cebolas picadas;
- Juntar a carne, vinho e caldo e refogar;
- Adicionar o molho de tomate e cozinhar em fogo baixo por 2 horas, acrescentando o leite gradualmente durante o cozimento.
- temperar a gosto com sal e pimenta.
A propósito, a massa deve ser tagliatelle (precisamente com 8 mm de espessura, segundo uma especificação de 1972!) e não spagheti, como é comum. Para o tagliatelle, a dica é não cozinhar demais, e, para servir, acrescentar queijo parmesão.
Quando eu era criança cansei de comer spaghetti à bolonhesa, em casa e em restaurantes, e sempre achei meio sem graça, ao contrário da minha irmã, que adorava. Nunca soube por exemplo que a receita levava bacon. Agora fiquei curioso e agora vou experimentar a receita original - pelo menos do molho, porque achar o tagliatelle com exatamente 8 mm pode ser um pouco difícil. Aguardem!
18 de janeiro de 2010
7 de janeiro de 2010
Gruyères
Somerfildo contemplando o vale
Gruyères é uma cidade medieval, no alto de uma colina, no cantão suíço de Fribourg. Situada nas montanhas pré-alpinas, com 810 m de altitude, a pequena vila tem apenas 170 habitantes. O queijo Gruyère, embora seja fabricado em diversas regiões, deve seu nome ao local. A atração principal da cidade é o castelo, e há diversos restaurantes de comida regional.
Castelo de Gruyères
Era um dia muito frio quando estivemos lá, então nada melhor do que uma raclette antes de passear pela cidade. O queijo - que não é Gruyère e sim Raclette mesmo - é derretido na própria mesa, em um "derretedor" próprio.
Raclette é um prato suíço, muito popular por séculos; alguns dizem que teve origem com os pastores nas montanhas, outros que teria sido inventado pelos colhedores de uvas na região de Valais. A idéia é aquecer o queijo (que antigamente era feito encostando-o às brasas quentes) e raspar (em francês, raclet - daí o nome raclette) o queijo derretido, espalhando-o por sobre as batatas e pickles.
Segundo o Somerfildo é um fondue ao contrário.
Depois desse almoço levemente calórico, o Somerfildo pôde gastar suas energias brincando na neve...
2 de janeiro de 2010
Trilha sonora do primeiro dia do ano

"The best of Charlie Haden Quartet West" é, como o nome diz, uma coletânea. Haden, hoje com 72 anos, tocou com nomes de vanguarda do jazz como Ornette Coleman, Keith Jarrett e Pat Metheny, pops como Yoko Ono, e é um dos mestres do baixo acústico. Esse cd serve como introdução perfeita ao trabalho do músico com o Quartet West.
Longe do jazz de vanguarda, o Quartet West interpreta baladas clássicas e canções dos anos 1940/50, como "Body and Soul" e "Moonlight Serenade", num arranjo econômico para a canção que ficou famosa na gravação de Glenn Miller com sua orquestra. A bela "Our spanish love song" é uma de minhas favoritas, assim como a música que abre o cd, "Hello, my lovely". Esta pode ser vista em vídeo da apresentação que o quarteto fez em São Paulo em 1999, no Heineken Concerts.
É a trilha sonora perfeita para o começo da nova década.
1 de janeiro de 2010
Crônicas birmanesas

A Birmânia, como se chamou em português por muito tempo o país que desde 1989 se chama de Myanmar - é o maior país do sudeste asiático. É governado desde 1962 por uma junta militar, e uma das mais cruéis ditaduras dos tempos atuais.
A região, que os ingleses até hoje chamam de Burma, foi colônia do Império Britânico por 62 anos (1824-1866), e depois incorporada ao Império Indiano, administrada como província indiana até 1937 e tornada independente do "Commonwealth" em 1948.
Delisle foi morar em Burma acompanhando sua mulher, funcionária da ONG francesa "Médicos sem Fronteiras", e no livro retrata a difícil vida da população na ditadura mas também o mundo bizarro das ONGs.
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